QUEM SOU


Sou Silvana de Jesus Santos, filha de Maria Helena de Jesus Santos, neta de Raquel Maria de Jesus e José Andrade dos Santos. Sou mulher, negra, cabelo crespo ondulado. Gosto de brincar, de viajar, de sorrir. Considero-me otimista, persistente, carinhosa. Me encanto com os pequenos gestos de amor e de cuidado. Sou apaixonada pela dança. As deusas me presentearam com Iúna Raquel, minha filha, que sempre me deixa aberta para a importância de me expressar com liberdade, acessando minhas bravezas, mas, principalmente, meu amor e meu carinho. Amo minha família.

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Tenho muitas amizades, pessoas que me fazem acreditar na força dos coletivos, das redes de apoio. Estou feliz com minha profissão e sou grata por ter encontrado, em meu caminho profissional, muitas parcerias queridas e muita disposição para a troca de experiências. Sinto que por meio da dança estimulo a autoestima, o respeito, a valorização ao próximo e à cultura brasileira e assim sigo também me fortalecendo nessas vivências e no retorno das turmas com as quais leciono.

Mestranda em Artes da Cena pela Escola Superior de Artes Célia Helena (2021), tenho especialização em Histórias e Culturas Afro-brasileiras e Indígenas na Educação, pela A Casa Tombada (2018), especialização em Dança e Consciência Corporal pela Universidade Gama Filho (2013) e graduação em Educação Física pela UNINOVE (2011).

Arte-educadora e bailarina profissional há quase 20 anos, atuei na Cia Ivaldo Bertazzo, na Cia Antônio Nóbrega de Dança, no Núcleo Pé de Zamba, no grupo OMSTRAB, na Orquestra Humanação, na Cia Brasílica e no Núcleo Fervo Produções. Ministrei aulas em projetos sociais, grupos de dança, centros culturais, Fábrica de Cultura, ETEC de Artes. Atuo também na Pós-graduação de Dança e Consciência Corporal na Universidade Estácio de Sá, FMU e USCS. Sou educadora de danças brasileiras na Escola de Dança de São Paulo e sou bailarina no grupo Batakerê, na Cia Gumboot Dance Brasil e Protagonistas.

Agradeço aos meus e às minhas ancestrais por terem me criado com sabedoria e oferecido o seu melhor para que meu caminho fosse mais tranquilo. Vem daí minha inspiração e tenho plantado sementes para que as próximas gerações possam colher, conhecer e honrar nossas histórias, identidade e legado.

Para colaborar com esse desejo, reconheço a escola como um ambiente importantíssimo para a busca de novas narrativas que estimulem, em todas as dimensões, o respeito e valorização para as diversidades. Desejo que esse trabalho seja inserido na prática escolar, seja nos encontros de história, matemática, educação física, enfim, em todas as disciplinas, pois os Adinkra são conteúdos de ordem transdisciplinar que podem ser trabalhados em várias áreas dos estudos escolares, em conformidade com o disposto nas leis 10.639 de 2003 e 11.645 de 2008, que asseguram o ensino da história e da cultura afro brasileira, africana e dos povos originais no ensino escolar público e privado.

Valendo-nos dessas leis, que nos dão o suporte para garantir o ensino da cultura negra e indígena nas escolas, juntamente com o desejo que aflora em mim de contribuir com essa mudança, deixo essa pesquisa aberta ao público brasileiro, para que tenha acesso e que desfrute desses conhecimentos sistematizados.

Que esses estudos sirvam de inspiração para atividades colaborativas de criação em dança e que acendam uma chama de valorização da identidade cultural e etnicorracial africana, para que possamos avançar na busca de um ensino com cosmovisões plurais (pluriversais) e viver em comunhão com as diversidades de povos, gêneros e religiões presentes no Brasil.

Axé!